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Estudo em ratas grávidas com Zika comprova elo de vírus com microcefalia

Publicado 11.05.2016, 17:41
Atualizado 11.05.2016, 17:50
© Reuters. Bebê com microcefalia faz exames na Universidade de São Paulo

Por Julie Steenhuysen

CHICAGO (Reuters) - Estudos de três equipes de cientistas diferentes ofereceram provas nesta quarta-feira de que o Zika pode alcançar e destruir células cerebrais de fetos de ratas grávidas, descobertas que solidificam o elo entre o vírus transmitido por mosquito e má-formações de nascença.

Em fevereiro a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a epidemia de Zika uma emergência de saúde internacional devido à sua associação com milhares de casos de microcefalia, uma má-formação cerebral que pode provocar problemas de desenvolvimento, no Brasil.

Os cientistas vinham se empenhando em entender como um vírus que normalmente causa sintomas amenos em adultos pode provocar tantos danos em um feto em desenvolvimento.

Os estudos de ratas grávidas, publicados nos periódicos científicos Nature, Cell e Cell Stem Cell, provaram que o Zika invadiu células dos cérebros de fetos de ratos, demonstrando de forma convincente que o Zika pode atacar o tecido cerebral fetal e causar lesões.

Não existem vacinas nem remédios para infecções de Zika. Especialistas dizem que as novas descobertas irão abrir caminho para testes de vacinas e tratamentos em ratos, e mais tarde em humanos.

Normalmente os ratos não desenvolvem infecções de Zika, por isso cada uma das equipes de pesquisa desenvolveu maneiras distintas de fazer com que as ratas grávidas passassem o vírus para seus filhotes.

No estudo publicado na revista Nature, os pesquisadores infectaram duas variedades amplamente disponíveis de ratos de laboratório com doses extremamente altas de Zika cultivado de um paciente do Estado da Paraíba.

Seu estudo mostrou que a variedade brasileira consegue penetrar a placenta e inibir o crescimento dos fetos de rato, chegando até a causar sinais de microcefalia.

© Reuters. Bebê com microcefalia faz exames na Universidade de São Paulo

A pesquisa, liderada por Alysson Muotri, da Escola de Medicina de San Diego da Universidade da Califórnia, e Patricia Beltrão Braga, da Universidade de São Paulo (USP), também revelou que o vírus conseguiu infectar agrupamentos de células cerebrais em recipientes de laboratório, interrompendo o crescimento ou causando a morte das células.

O doutor Derek Gatherer, especialista em biomedicina e ciências da vida da Universidade de Lancaster, na Grã-Bretanha, disse que o estudo "aumenta o peso dos indícios de que o Zika vírus é a causa da disparada aparente de microcefalia e de outros defeitos de nascença observados no Brasil" e acredita que outros países com surtos de Zika podem testemunhar aumentos similares.

Autoridades de saúde dos Estados Unidos concluíram que infecções de Zika em gestantes podem causar microcefalia. A OMS afirmou que existe um forte consenso na comunidade científica de que o Zika também pode provocar Guillain-Barré, uma síndrome neurológica rara que causa paralisia temporária em adultos.

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