Por Doina Chiacu e Mark Hosenball
WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos enfrentam uma ameaça maior de terrorismo doméstico de pessoas inconformadas com o resultado da eleição presidencial de novembro, disse o Departamento de Segurança Interna nesta quarta-feira.
O boletim vem na esteira da invasão de apoiadores do então presidente Donald Trump ao Capitólio no dia 6 de janeiro, na qual cinco pessoas morreram, e depois da posse de Joe Biden como presidente na semana passada em meio a uma segurança reforçada na Washington sob lockdown.
"Informações levam a crer que alguns extremistas violentos com motivação ideológica com objeções ao exercício da autoridade governamental e à transição presidencial, além de outras queixas discerníveis atiçadas por narrativas falsas, poderiam continuar a se mobilizar para incitar ou cometer violência", disse o departamento em um boletim sobre terrorismo nacional.
Não há informações sobre nenhum complô crível específico, mas a ameaça acentuada em todo o país provavelmente persistirá durante semanas, acrescentou.
O boletim do departamento informa que os chamados extremistas violentos domésticos são motivados por questões como a revolta com as restrições pela Covid-19, o desfecho da eleição de 2020 e o uso de força policial.
Ele também cita "a tensão racial e étnica de longa data – incluindo a oposição à imigração" como catalisadores da violência no país.