WASHINGTON (Reuters) - Os militares dos Estados Unidos disseram nesta quinta-feira que estão debatendo com a Arábia Saudita maneiras de mitigar as ameaças do norte após um ataque a instalações petrolíferas sauditas no sábado que autoridades norte-americanas atribuíram ao Irã.
Os funcionários do Pentágono não quiseram especificar que tipo de mudanças nas defesas sauditas podem ser examinado.
Bilhões de dólares gastos por Riad em equipamentos militares ocidentais de ponta, concebidos sobretudo para impedir ataques em alta altitude, não foram páreo para os drones e mísseis de cruzeiro de baixo custo usados na ação, que afetou seriamente sua indústria petroleira gigantesca.
Uma autoridade dos EUA que pediu anonimato disse à Reuters que a trajetória dos drones e mísseis --vindos do norte, e não do sul-- tornou difícil para Riad se defender, o que expôs uma brecha nas capacidades do reino.
"Está claro que houve um ataque nesta instalação petrolífera, e o Comando Central dos EUA está conversando com os sauditas para debater maneiras em potencial de analisar como mitigar ataques futuros", disse o coronel Patrick Ryder, porta-voz do Estado-Maior Conjunto, aos repórteres durante uma coletiva de imprensa.
Outro porta-voz, que falou na mesma ocasião, não quis dizer se os militares dos EUA acreditam que o ataque com drones e mísseis foi lançado de território iraniano, levando em consideração a avaliação saudita em andamento.
"Não passaremos na frente deles nisso", disse o porta-voz Jonathan Hoffman, mas reconhecendo indícios de que a culpa cabe a Teerã. Ele explicou que o objetivo é levar o Irã de volta à rota diplomática.
A Reuters já havia noticiado que os EUA acreditam que o ataque foi lançado do Irã.
(Por Phil Stewart e Idrees Ali)