Por Lesley Wroughton e Sam Wilkin
VIENA/DUBAI (Reuters) - O Irã libertou cinco norte-americanos, incluindo um repórter do Washington Post, neste sábado, após os dois países terem se engajado em uma série de gestos de boa-fé antes do esperado anúncio sobre fim de sanções internacionais contra Teerã por conta de um acordo nuclear.
O presidente dos Estados Unidos perdoou três iraniano-americanos acusados de violações de sanções, e autoridades dos EUA disseram que quatro outros foram libertados, em uma aproximação nas relações entre os dois países que mudou o Oriente Médio desde a Revolução Islâmica no Irã em 1979.
O fim das sanções pode trazer de volta o país oriental de 80 milhões de pessoas de volta para a economia global após vários anos afastado, e aumentar a influência iraniana em uma região devastada por conflitos sectários.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) deve anunciar, em Viena, que Teerã cumpriu com o acordo fechado no ano passado para conter seu programa nuclear em troca da suspensão de sanções impostas pelos Estados Unidos, pelas Nações Unidas e pela União Europeia.
Antes do anúncio, o Irã libertou cinco norte-americanos e os EUA estão soltando sete iranianos acusados com violações de sanções, em uma troca de prisioneiros que autoridades dos Estados Unidos descreveram como um gesto humanitário.
Entre os norte-americanos libertados está o repórter do Washington Post Jason Rezaian e o pastor cristão Saeed Abedini.
O ministro iraniano do Exterior, Javad Zarif, e o Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, que desenvolveram uma estreita relação durante os meses de negociações no ano passado, se encontraram em Viena antes do esperado anúncio.
"Hoje, com a divulgação do relatório do chefe da AIEA, o acordo nuclear será implementado, após o qual um comunicado conjunto será feito para anunciar o começo do acordo", disse Zarif em Viena segundo a agência de notícias estatal iraniana IRNA.