DUBAI (Reuters) - O enviado especial dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, afirmou que o país está esperançoso de que pode trabalhar com a China para combater as mudanças climáticas, apesar de velhas discordâncias que afetaram as relações bilaterais entre as duas nações.
“Nossa esperança é que conseguiremos lidar com a China, sim”, disse Kerry a repórteres durante uma visita à capital dos Emirados Árabes Unidos, Abu Dhabi, neste sábado.
“O presidente Biden deixou claro e eu deixei claro: nenhuma das outras questões que temos com a China --e elas existem-- será refém ou será envolvida em uma troca pelo que precisamos fazer sobre o clima”.
As relações entre China e EUA ficaram tensas nos últimos anos por divergências cobre comércio, o tratamento da China à minoria uighur e também sobre as ações chinesas sobre Taiwan e Hong Kong.
A China prometeu se tornar neutra em carbono até 2060, e o governo do presidente norte-americano, Joe Biden, deve anunciar um novo objetivo para reduzir as emissões em uma cúpula global do clima em 22 de abril.
Kerry participará de reuniões sobre o clima para o Oriente Médio e o norte da África sediadas em Abu Dhabi neste domingo.
Os Emirados Árabes disseram que o diálogo seria focado em preparações nacionais e regionais antes da cúpula do clima da Organização das Nações Unidas em Glasgow no próximo mês de novembro.
Kerry disse que países discutiriam como reduzir a dependência do carvão e também como “aumentar as ambições” em relação às mudanças climáticas antes da conferência de novembro.
“Eu acho que as próximas gerações estão gritando para cumprirmos nossa promessa”, acrescentou.
(Reportagem de Raya Jalabi)