Por Lesley Wroughton e David Lawder
WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos traçaram nesta segunda-feira uma dura estratégia de negociação para revisar o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio de 1994 (Nafta) e pela primeira vez em um acordo comercial norte-americano disseram que irão buscar deter manipulação de moeda por parceiros comerciais.
Em um aguardado documento enviado a parlamentares antes de conversas esperadas para o próximo mês, o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, disse que o governo Trump buscava reduzir o déficit comercial dos EUA ao melhorar acesso para bens norte-americanos exportados para o Canadá em México, os dois países no Nafta além dos EUA.
O documento afirma que nenhum país deve manipular o câmbio para obter uma vantagem competitiva injusta.
O resumo de 17 páginas das negociações para o Nafta oferece um vislumbre no que a agenda comercial do governo Trump pode parecer. Até o momento, a agenda do presidente Donald Trump tem sido moldada por retórica de campanha e publicações no Twitter.
Embora o Canadá e o México não sejam considerados manipuladores de moeda, a referência na lista de objetivos pode estabelecer um modelo para acordos comerciais futuros, como uma negociação pendente para modificar um acordo de livre comércio de cinco anos entre EUA e Coreia do Sul.
A Coreia do Sul está em uma lista de monitoramento do Tesouro dos EUA por possíveis sinais de manipulação de moeda.
Entre as prioridades, Lighthizer disse que o governo irá buscar eliminar um mecanismo de disputa comercial que tem proibido amplamente que os EUA busquem casos antidumping e anti-subsídio contra companhias canadenses e mexicanas.
O governo também planeja eliminar uma variedade de barreiras não tarifárias para exportações agrícolas norte-americanas para o Canadá e México. Estas incluem subsídios e estruturas de preços injustas.