Por Sarah N. Lynch
WASHINGTON (Reuters) - George Papadopoulos, um ex-assessor da campanha de 2016 do então candidato republicano Donald Trump, foi sentenciado nesta sexta-feira a 14 dias de prisão após se declarar culpado no ano passado por mentir para agentes federais que investigam se membros da campanha conspiraram com a Rússia antes da eleição.
Procuradores a serviço do procurador especial Robert Mueller disseram que Papadopoulos mentiu para agentes sobre seus contatos com russos durante a campanha "para minimizar seu próprio papel como uma testemunha e a extensão do conhecimento da campanha sobre seus contatos", de acordo com memorando de sentença do governo.
Entres estes contatos está o professor Joseph Mifsud, sediado em Londres e que disse a ele que russos possuíam "sujeira" sobre a candidata presidencial democrata Hillary Clinton, adversária de Trump, na forma de "milhares de e-mails". A Rússia negou acusações dos EUA de que interferiu na campanha e o presidente Trump nega conluio.
Os promotores pediram ao juiz Randolph Moss, no Tribunal Distrital dos EUA, que o Distrito de Colúmbia impusesse uma sentença de prisão de até seis meses, dizendo que as mentiras de Papadopoulos impediram sua investigação e que ele não cooperou.
Além do tempo de prisão, Papadopoulos foi condenado a um ano de liberação supervisionada e 200 horas de serviço comunitário. Ele também foi condenado a pagar uma multa de 9.500 dólares.
Sexta-feira foi a sua primeira aparição no tribunal público desde que ele se declarou culpado, em outubro de 2017, por mentir para o FBI.