Por Lisa Lambert e Idrees Ali e Trevor Hunnicutt
WASHINGTON (Reuters) - Uma explosão nesta quinta-feira do lado de fora do aeroporto de Cabul, no Afeganistão, deixou ao menos 13 pessoas mortas, incluindo crianças, e feriu muitos guardas do Taliban, disse um representante do grupo islâmico.
A explosão, que acontece em meio a um enorme esforço de retirada de pessoas do Afeganistão após a tomada do país pelo Taliban, parece ter sido causada por um ataque suicida com bomba, disseram autoridades norte-americanas, citando um relatório inicial e alertando que isso pode mudar.
O secretário de imprensa do Pentágono, John Kirby, confirmou em uma publicação no Twitter que houve uma explosão do lado de fora do aeroporto na capital afegã.
Uma autoridade dos Estados Unidos disse à Reuters que houve vítimas na explosão, mas disse que não estava claro quantas pessoas ficaram feridas. Até três militares norte-americanos estavam entre os feridos, disse, citando informações iniciais.
Duas autoridades norte-americanas disseram que parecia ser um atentado suicida.
Um deslocamento aéreo em massa de estrangeiros e suas famílias, bem como de alguns afegãos, está em andamento desde o dia anterior à captura de Cabul pelas forças do Taliban, em 15 de agosto. O grupo islâmico avançou rapidamente pelo país com a retirada das tropas norte-americanas e aliadas.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi informado sobre a explosão, de acordo com uma autoridade da Casa Branca. Biden estava em uma reunião com autoridades de segurança sobre a situação no Afeganistão, onde os EUA estão nos estágios finais de encerrar uma guerra de 20 anos, quando a explosão foi inicialmente relatada, de acordo com uma pessoa familiarizada com a situação.
Os EUA têm se apressado para retirar cidadãos norte-americanos e afegãos de Cabul antes do prazo final para a conclusão da retirada de suas tropas do país, em 31 de agosto.
Em um alerta emitido na quarta-feira, a embaixada dos Estados Unidos em Cabul aconselhou os cidadãos a evitarem ir para o aeroporto e disse que aqueles que já estavam nos portões deveriam partir imediatamente, citando "ameaças à segurança" não especificadas.
Um diplomata ocidental em Cabul disse que as áreas fora dos portões do aeroporto estavam "incrivelmente lotadas" novamente, apesar dos avisos.
Os Estados Unidos e seus aliados organizaram uma das maiores retiradas de pessoal por via aérea da história, trazendo cerca de 95.700 pessoas, incluindo 13.400 na quarta-feira, informou a Casa Branca nesta quinta.