Por Jeremy Gaunt
LONDRES (Reuters) - Um porco rosa inflável do tamanho de um ônibus flutuou sobre o museu Victoria and Albert nesta quarta-feira em Londres, mas, ao contrário de um passeio infame sobre a estação de energia de Battersea em 1976, ele não se soltou e forçou o cancelamento de voos no aeroporto de Heathrow.
É verdade, no entanto, que pode ter atrapalhado o trânsito, e certamente fez os transeuntes exclamarem "o porco!".
Um dos muitos emblemas do Pink Floyd reconhecidos mundialmente, assim como os prismas e os martelos cruzados, o suíno levantou voo para marcar o lançamento da "The Pink Floyd Exhibition: Their Mortal Remains (A Exibição Pink Floyd: Seus Restos Mortais)", uma retrospectiva que o museu inaugura em maio próximo.
A data assinala os 50 anos passados desde que a banda lançou sua primeira música de trabalho, "Arnold Layne". O grupo conquistou uma enorme aclamação em todo o mundo e tem dois dos álbuns mais bem-sucedidos de todos os tempos, "Dark Side of the Moon" e "The Wall".
A exposição foi concebida para comemorar isso, além das conquistas do Pink Floyd nas artes gráficas, design, arquitetura, produções de palco, iluminação, cinema e fotografia.
Nick Mason, baterista e membro fundador, disse que a exibição é na verdade um hino à longevidade da banda.
"É o fato de que ainda existimos de certa forma, e parece que ainda interessamos as pessoas depois de 50 anos em uma indústria que foi vista como inteiramente efêmera por todos nós quando começamos", disse ele à Reuters no lançamento.
"Gosto de lembrar as pessoas que Ringo pensava que iria abrir uma rede de barbearias quando os Beatles chegaram ao fim... não acho que vimos quaisquer 50 anos à nossa frente quando começamos".
O museu está prometendo uma experiência de imersão quando a mostra abrir, com imagens inéditas de apresentações, um show de laser criado para o evento, novos projetos de palco, 350 objetos diferentes e ainda alguns itens da própria coleção do Victoria and Albert.
Será a terceira investida do V&A no mundo do rock – a entidade sediou uma exibição sobre David Bowie em 2013 que foi aclamada pela crítica e inaugura "You Say You Want a Revolution? Records and Rebels 1966-1970 (Você Diz Querer uma Revolução? Discos e Rebeldes entre 1966-1970, em inglês)" em setembro.