Por Brian Love e Sybille de La Hamaide
PARIS (Reuters) - A França lamentava a morte de um oficial de segurança que morreu baleado depois de tomar voluntariamente o lugar de uma refém durante um episódio no qual um militante islâmico tomou um supermercado.
Arnaud Beltrame, de 44 anos, um policial que havia servido no Iraque, havia sido levado a um hospital depois de ter sido ferido pelo atirador durante o cerco ao estabelecimento Super U na cidade de Trebes, no sudoeste do país, próximo aos Pirineus.
Suas ações foram descritas como heróicas por políticos de todos os espectros, que pediram homenagens nacionais que proliferaram nas redes sociais.
"Ele caiu como um herói, dando sua vida para conter a manifestação assassina de um terrorista jihadista", disse o presidente Emmanuel Macron, em um comunicado na madrugada deste sábado.
O agressor foi identificado pelas autoridades como Redouane Lakdim, um cidadão francês nascido no Marrocos de 25 anos que morava na cidade de Carcassone, próxima a Trebes, a tranquila cidade de cerca de 5000 pessoas onde ele agiu na tarde de sexta-feira.
Lakdim era conhecido pelas autoridades como traficante e autor de outros pequenos delitos, mas também estava sob vigilância dos serviços de segurança em 2016 e 2017 por ligações com o movimento radical Salafista, afirmou o promotor François Molins de Paris na sexta-feira.
O militante, que começou seu ataque ao disparar contra um grupo de policiais que se exercitavam e também ao atirar contra os ocupantes de um carro que roubou, matou três pessoas e feriu outras 16, de acordo com um pronunciamento do governo.
A morte de Beltrame elevou o número de mortos para quatro.
(Reportagem adicional de Emmanuel Jarry)