Por Richard Valdmanis
BOSTON, Estados Unidos (Reuters) - O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou nesta terça-feira um ex-soldado do Exército chinês de copiar arquivos confidenciais de uma rede militar norte-americana de computadores enquanto trabalhava como terceirizado pela Defesa norte-americana no Kuweit em 2013.
Wei Chen, de 61 anos, de Westfield, Massachusetts, foi acusado de fazer declaração falsa e de danificar computadores do Exército, após ter mentido em um questionário sobre seu histórico militar, a fim de conseguir um emprego como administrador de sistemas.
Ele, depois, copiou arquivos secretos em um disco pessoal e tentou esconder o que fez ao deletar registros da rede, de acordo com um comunicado do Departamento de Justiça.
Se condenado, Chen pode pegar até 15 anos de prisão.
Chen, naturalizado norte-americano, serviu no Exército da Libertação Popular da China de 1971 a 1976 em uma unidade antiaérea, mas não revelou esse fato em um questionário de antecedentes antes de começar a trabalhar em Camp Buehring, no Kuweit, de acordo com o inquérito.
O Departamento de Justiça disse que Chen utilizou suas permissões de segurança para acessar documentos de nível secreto e copiou e-mails e documentos em seu pen-drive pessoal. O comunicado não disse o que ele fez com os arquivos ou o que eles continham.
"Funcionários militares e terceirizados do DOD (Departamento de Defesa dos EUA) precisam entender que caso mintam para obter permissão de segurança ou violem intencionalmente políticas de segurança de computadores e então destruam provas dessa violação, que estão cometendo crimes e que nós os processaremos", disse a procuradora-geral de Massachusetts, Carmen M. Ortiz, no comunicado.
Não estava imediatamente claro se Chen tinha um advogado e não foi possível contatá-lo.