LONDRES (Reuters) - O ex-meia-atacante da seleção francesa David Ginola desistiu de sua candidatura à presidência da Fifa depois de não conseguir o apoio de cinco federações nacionais necessário para participar da disputa, disse o ex-jogador nesta sexta-feira.
O ex-atleta de 48 anos anunciou sua inesperada tentativa de tomar o lugar de Joseph Blatter no comando da entidade que dirige o futebol mundial sob o slogan "Reiniciando o Futebol" há duas semanas.
A campanha de Ginola, entretanto, tomou ares apenas publicitários quando uma empresa de apostas disse ter pago 250 mil libras (375.700 dólares) para que ele se candidatasse.
"Tenho que concluir que, por não ter obtido confirmações, como exigido, de cinco federações até o prazo (quinta-feira) infelizmente não vou poder continuar com minha candidatura à Fifa", disse Ginola em comunicado.
"Ao contrário das reportagens, eu não me retirei. Assim como fiz quando era jogador, dei tudo até o apito final... Hoje eu tenho sentimentos mistos. Há frustração, raiva, mas também há esperança. Estou muito orgulhoso da minha campanha e das políticas que propus para reformar o futebol."
"Quero agradecer a todos aqueles que me apoiaram, torcedores, membros de associações, jogadores e jornalistas. Sou uma pessoa mais forte por essa experiência... Não tenho arrependimentos. E a luta para colocar transparência, democracia e igualdade no coração do esporte que amamos continua."
A Fifa vai anunciar a lista de candidatos à presidência da entidade no dia 8 de fevereiro. Blatter, que tenta se reeleger para um quinto mandato, e o ex-jogador de Portugal Luís Figo seguem na disputa.
O príncipe da Jordânia Ali Bin Al-Hussein, o holandês Michael van Praag e o ex-membro da Fifa Jerôme Champagne também devem entregar suas candidaturas.
(Reportagem de Sam Holden)