Por Peter Szekely
(Reuters) - O governador do Estado norte-americano de Oklahoma, Kevin Stitt, suspendeu nesta quinta-feira a execução do detento Julius Jones pouco antes da hora marcada para o cumprimento de sua pena de morte por um assassinato cometido há 22 anos, sobre o qual existem dúvidas em relação à sua culpa.
A suspensão da pena seguiu uma recomendação de clemência do Conselho de Perdão e Liberdade Condicional de Oklahoma, que votou por 3 x 1 no dia 1 de novembro pela mudança da sentença de Jones para a prisão perpétua.
"Após considerações piedosas e revisando materiais apresentados por todos os lados deste caso, eu determinei a troca da sentença de Julius Jones para a prisão perpétua sem a possibilidade de condicional", disse Stitt em nota.
A alteração foi solicitada apenas quatro horas antes de Jones receber a injeção letal com um coquetel de três substâncias, que seus advogados chamaram de desumano em uma outra apelação de última hora.
Jones, de 41 anos, foi condenado pelo assassinato a tiros do executivo de seguros Paul Howell durante um roubo de carro na entrada da casa da vítima.
Mas os advogados citaram evidências de que ele estaria em casa com sua família no momento do crime, o que, segundo eles, nunca foi apresentado ao júri, porque seus advogados na época não investigaram o caso a fundo.
O caso despertou o interesse de celebridades, entre elas Kim Kardashian West, e de ativistas contra a pena de morte, e provocou vários protestos e vígilias por todo o Estado nos últimos dois dias.
(Reportagem adicional de Brendan O'Brien, em Chicago)