QUITO (Reuters) - O governo do Equador disse neste domingo que realiza operações de controle para evitar o aumento dos preços em produtos básicos após medidas de austeridade do presidente Lenin Moreno, em meio a um protesto indígena que bloqueou várias estradas.
As manifestações, que começaram de maneira na quinta-feira, se tornaram um desafio para o governo Moreno, que decidiu eliminar o subsídio ao diesel e gasolina extra - em vigor há décadas - na tentativa de reduzir um déficit fiscal volumoso.
O protesto dos indigenas manteve várias estradas do país fechadas com pedras, paus e pneus pelo segundo dia consecutivo, segundo testemunhas, causando problemas na distribuição de combustíveis e gerando especulações sobre os preços dos produtos de consumo em massa.
"O problema é que eles estão abusando do preço de referência e subindo indiscriminadamente, algumas pessoas até escondem os produtos para vendê-los depois muito caros", disse Daniela Valarezo, autoridade de controle em Quito, durante uma visita a um mercado ao sul da capital.
Os agentes deixaram dois detidos em Quito e outras sete pessoas presas em Guaiaquil por acusações de especulação com preços, segundo as autoridades de controle de cada cidade.
O Ministério do Interior não especificou os detidos em todo o país. Enquanto isso, o Ministério da Agricultura estabeleceu uma tabela de preços oficial para vários produtos, como arroz, cebola, banana, ovos, entre outros.
(Reportagem de Alexandra Valencia em Quito, Alvaro Fajardo em Cayambe e Yury García em Guaiaquil)