Por Lisa Barrington
BEIRUTE (Reuters) - O Hezbollah afirmou neste sábado que seu maior comandante militar, cuja morte foi anunciada na sexta-feira, morreu na Síria devido a fogo sunita e não por um ataque aéreo israelense, como tinha dito um membro do movimento xiita.
“Investigações mostraram que a explosão, que teve como alvo uma de nossas bases perto do Aeroporto Internacional de Damasco e levou ao martírio do comandante Mustafa Badreddine, foi resultado de um bombardeio realizado por grupos takfiri (sunitas) na região”, disse o grupo em comunicado.
O Hezbollah está lutando na Síria ao lado do presidente Bashar al-Assad, contra vários grupos sunitas, como o Estado Islâmico e a Frente Nusra, ligada à Al Qaeda.
Mas um grupo de monitoramento da guerra tem dúvidas sobre a morte de Badreddine, dizendo que não há bombardeio de rebeldes na região há mais de uma semana.
O aeroporto de Damasco e suas cercanias são controlados pelo governo sírio e as forças aliadas. Entre o local e o centro de Damasco, rebeldes ocupam o subúrbio de Ghouta Oriental.
“Não há bombardeios ou tiros a partir de Ghouta Oriental para as regiões do Aeroporto Internacional de Damasco há mais de uma semana”, disse o diretor do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, Rami Abdulrahman.