Por Martyn Herman
AL RAYYAN, Catar (Reuters) - O ídolo sul-coreano Son Heung-min ainda não fez gol nesta Copa do Mundo, mas ele não se importará com isso depois de se jogar no chão para comemorar a classificação da equipe para as oitavas de final de maneira dramática.
A seleção asiática simplesmente se recusou a aceitar que seu sonho da Copa do Mundo estava acabando e foi o capitão Son que personificou a energia implacável dos sul-coreanos com uma exibição altruísta.
Um dia depois de o Japão ganhar por 2 x 1 da Espanha para chegar à fase de mata-mata em uma noite de drama impressionante, Son garantiu que os torcedores da Coreia do Sul pudessem dar o pontapé inicial em sua própria festa no Estádio Cidade da Educação.
O atacante de 30 anos do Tottenham Hotspur, que marcou 35 gols por seu país e é o principal ídolo dos torcedores, está jogando o Mundial usando uma máscara preta para proteger o rosto após sofrer uma fratura na bochecha.
Com a partida empatada em 1 x 1 e o relógio já nos acréscimos, parecia que a Copa do Mundo de Son e da Coreia do Sul estava prestes a terminar em desgosto, com a vitória de que eles precisavam para avançar escapando pelas mãos.
Mas, como faz frequentemente por seu clube, pelo qual foi artilheiro conjunto da Premier League no ano passado ao lado de Mohamed Salah, do Liverpool, ele produziu algo especial quando era mais importante.
Depois de um escanteio de Portugal, a zaga afastou a bola e de repente o capitão Son se viu com espaço no gramado para avançar. Ele atravessou o campo e quando parecia sem espaço para finalizar, Son teve a presença de espírito para fazer um passe perfeito para Hwang Hee-chan, que calmamente chutou para o fundo da rede do goleiro Diogo Costa.
Com a vitória, a Coreia do Sul subiu para o segundo lugar do grupo, acima do Uruguai, que venceu Gana por 2 x 0, mas ficou em terceiro lugar em virtude de marcar menos gols do que a Coreia do Sul. Os sul-coreanos agora poderão enfrentar o Brasil.
No apito final, um Son cansado caiu no chão e removeu sua máscara, mostrando o rosto.
"Estou esperando por este momento há muito tempo... e acreditei que poderíamos conseguir fazer isso", disse Son, cujas duas Copas do Mundo anteriores haviam terminado com eliminações na fase de grupos.
"Eu não tenho feito um bom trabalho como capitão deles, mas meus companheiros de equipe me cobriram. Estou muito grato por eles e muito orgulhoso deles".