Por Rami Amichai
HAIFA, Israel (Reuters) - Dezenas de milhares de moradores foram obrigados a deixar nesta quinta-feira a terceira maior cidade de Israel à medida que incêndios florestais se alastraram por Haifa e ameaçavam outras áreas, incluindo a Cisjordânia ocupada por Israel, impulsionados pelas condições secas incomuns, e vento do leste.
Um ministro sênior do governo de Israel disse acreditar que muitas das chamas foram acesas deliberadamente, mas a polícia disse não ter evidências comprobatórias neste momento de que foi um incêndio criminoso. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, atribuiu os incêndios a causas "naturais e não naturais" na quarta-feira.
Imagens da TV mostravam uma parede de chamas devastando bairros centrais de Haifa, uma cidade com cerca de 300 mil habitantes no norte do país, incluindo próximo a um posto de gasolina onde bombeiros tentavam extinguir o fogo rapidamente.
"Quase 50 por cento dos incêndios são aparentemente criminosos", disse o ministro da Segurança Interna, Gilard Erdan, à rádio Army. O ministro da Educação e líder de um partido da extrema direita, Naftali Bennett, sugeriu que os autores podem não ser judeus.
O governo recebeu ofertas de ajuda da Grécia, Chipre, Croácia, Turquia e Rússia para combater os incêndios para evitar que as chamas em diversos locais se espalhem para quase metade do país. Esquadrões aéreos jogavam materiais para retardar o incêndio e tentar amenizar as chamas maiores.
Escolas e universidades estavam sendo esvaziadas e duas prisões próximas se preparavam para transferir detentos para outras prisões, disse um porta-voz do serviço prisional. Pacientes foram transferidos de um hospital para idosos.