LONDRES (Reuters) - O Irã disse nesta terça-feira que prendeu 15 militantes que planejavam ataques contra muçulmanos xiitas que faziam uma peregrinação anual ao Iraque.
Centenas de milhares de iranianos viajam à cidade iraquiana de Kerbala todos os anos para o ritual do Arbaeen, que assinala o fim de um período de 40 dias de luto pelo imã Hussein, neto do profeta Maomé.
Segundo a televisão estatal, o ministro da Inteligência do Irã, Mahmoud Alavi, que visitava a área da fronteira Irã-Iraque, disse que "três grupos terroristas que queriam visar os pranteadores de Arbaeen foram presos".
De acordo com a agência de notícias Tasnim, Alavi disse que as prisões ocorreram no Khuzistão, província do sudoeste do país, nos últimos dias, e 15 pessoas foram presas.
"Os detidos confessaram que queriam realizar ataques suicidas para matar os peregrinos", afirmou Alavi.
Ele não informou quando os ataques deveriam acontecer, mas a peregrinação deste ano culmina no final de outubro.
Os insurgentes sunitas radicais do Iraque consideram os xiitas apóstatas. Grupos armados sunitas iraquianos também intensificaram os ataques contra alvos militares e civis nos últimos meses.
O Irã reforçou a segurança em áreas da fronteira depois que homens armados mataram 25 pessoas em um desfile militar na cidade de Ahvaz, no Khuzistão, em setembro.
Militantes do Estado Islâmico e movimentos de oposição de árabes étnicos iraquianos assumiram o ataque, mas nenhum deles apresentou indícios convincentes.
(Por Bozorgmehr Sharafedin)