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Israel mata comandante do Hezbollah em Beirute e promete novos ataques aéreos

Publicado 24.09.2024, 18:09
© Reuters. Local de ataque israelense nos subúrbios ao sul de Beirute, no Líbanon24/09/2024nREUTERS/Amr Abdallah Dalsh

Por Maya Gebeily e Tom Perry e James Mackenzie

BEIRUTE/JERUSALÉM (Reuters) - Um ataque aéreo israelense matou um comandante sênior do Hezbollah nesta terça-feira foguetes transfronteiriços de ambos os lados alimentavam os temores de uma guerra generalizada no Oriente Médio.

O Exército de Israel afirmou que o ataque aéreo na capital libanesa matou Ibrahim Qubaisi, que, segundo os israelenses, era o comandante da força de mísseis e foguetes do Hezbollah. Duas fontes de segurança no Líbano o descreveram como uma figura importante na divisão de foguetes do grupo apoiado pelo Irã.

Posteriormente, o Exército disse que a força aérea também realizou "extensos ataques" contra alvos do Hezbollah no sul do Líbano, incluindo depósitos de armas e dezenas de lançadores que estavam direcionados para o território israelense.

"O Hezbollah de hoje não é o mesmo Hezbollah que conhecíamos há uma semana. (Eles) sofreram uma série de golpes em seu comando, seus combatentes e seus meios de luta", disse o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, acrescentando que os ataques continuariam.

"Esses foram golpes duros", disse ele a tropas israelenses.

O Líbano relatou que 569 pessoas foram mortas e 1.835 ficaram feridas desde que Israel iniciou pesados ataques na manhã de segunda-feira, incluindo 50 crianças, disse o ministro da Saúde, Firass Abiad, à TV Al Jazeera Mubasher.

O Hezbollah disse que lançou foguetes nesta terça-feira contra a base militar de Dado, no norte de Israel, e atacou a base naval de Atlit, ao sul de Haifa, com drones, entre outros alvos.

O Exército israelense disse que sirenes soaram no início da noite na cidade de Safed, no norte, onde Dado está localizada, e em áreas próximas, mas não confirmou se a base foi atingida.

A nova ofensiva de Israel contra o Hezbollah aumentou os temores de que o conflito de quase um ano entre Israel e o grupo militante palestino Hamas em Gaza possa desestabilizar o Oriente Médio.

Na ONU, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, buscou reduzir as tensões no Oriente Médio.

"Uma guerra em grande escala não é do interesse de ninguém, e mesmo que a situação tenha escalado, uma solução diplomática ainda é possível", disse Biden aos 193 membros da Assembleia Geral da ONU.

Israel está mudando o foco de Gaza para a fronteira norte, onde o Hezbollah tem disparado foguetes em apoio ao Hamas, que também é apoiado pelo Irã.

Israel quer garantir sua fronteira norte e permitir que os moradores desalojados retornem aos seus lares. Isso estabelece um cenário para um conflito prolongado, já que o Hezbollah disse que não irá recuar até que um cessar-fogo seja alcançado em Gaza.

Enquanto isso, o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, disse que Israel estava aberto a ideias para desescalar o conflito no Líbano.

"Não estamos ansiosos para iniciar uma invasão terrestre em nenhum lugar... Preferimos uma solução diplomática", disse ele a jornalistas.

© Reuters. Local de ataque israelense nos subúrbios ao sul de Beirute, no Líbano
24/09/2024
REUTERS/Amr Abdallah Dalsh

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pediu aos cidadãos libaneses que rejeitem o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.

"O nosso conflito não é com vocês, nosso conflito é com o Hezbollah. Nasrallah está levando vocês para a beira do abismo", disse Netanyahu em uma base do Exército israelense.

O Exército de Israel disse ter encontrado munição em casas de civis libaneses e acusa o Hezbollah de esconder armas em residências e vilarejos no Líbano, alegações que o grupo libanês nega.

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