Por Jonathan Stempel
NOVA YORK (Reuters) - Um juiz federal dos Estados Unidos rejeitou nesta sexta-feira a tentativa de Donald Trump de encerrar um processo movido pela escritora E. Jean Carroll acusando o ex-presidente norte-americano de difamação após negar tê-la estuprado em meados da década de 1990.
O juiz distrital Lewis Kaplan, de Manhattan, disse que o argumento de Trump de que a ex-colunista da revista Elle não poderia provar difamação porque ela falhou em alegar "danos especiais" não tem mérito.
O magistrado também rejeitou o argumento de Trump de que a alegação de agressão de Carroll sob a Lei de Sobreviventes Adultos de Nova York deve ser rejeitada porque a lei negou a ele o devido processo sob a Constituição do estado.
Os advogados de Trump não responderam imediatamente aos pedidos de comentários. Os advogados de Carroll não responderam imediatamente a pedidos semelhantes.
Carroll acusou Trump de estuprá-la no camarim de uma loja de departamentos Bergdorf Goodman no final de 1995 ou início de 1996.
Trump negou a acusação pela primeira vez em junho de 2019, dizendo a um repórter na Casa Branca que não conhecia Carroll, que ela "não era meu tipo" e que ela inventou a alegação para vender seu novo livro de memórias.
Ele repetiu a negação em uma postagem em rede social em outubro de 2022, chamando a alegação de estupro de "farsa", "mentira" e "golpe completo" e dizendo "isso só pode acontecer com 'Trump'!".