LIMA (Reuters) - A candidata de direita Keiko Fujimori continua se aproximando de seu rival socialista, Pedro Castillo, e a diferença nas intenções de voto diminuiu para 5 pontos percentuais, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira que mediu o impacto do primeiro debate entre os dois candidatos à Presidência do Peru, um mês antes do segundo turno eleitoral.
O apoio a Fujimori, que disputa a Presidência pela terceira vez, subiu para 36%, enquanto Castillo, um professor de ensino primário e ex-líder sindical, caiu para 41%, segundo pesquisa Datum Internacional, publicada no jornal financeiro Gestión.
A diferença entre os dois era de 9 pontos percentuais em pesquisa Datum anterior, divulgada em 30 de abril. Agora o apoio à filha do ex-presidente Alberto Fujimori aumentou 2 pontos, enquanto Castillo perdeu 2 pontos.
Outras pesquisas divulgadas anteriormente também mostraram que a vantagem vem diminuindo diante da aproximação do segundo turno eleitoral, no qual os votos dos mais pobres e dos indecisos serão fundamentais para definir o vencedor no dia 6 de junho.
A pesquisa Datum International apontou que o percentual de peruanos que não sabem em quem votar ou que anularão seu voto permaneceu em 22%. O novo estudo da empresa foi realizado entre 5 e 6 de maio com 1.203 pessoas e tem uma margem de erro de 2,8%.
Em relação ao debate eleitoral da semana passada, a pesquisa mostrou que para 44% das pessoas Fujimori, de 45 anos, ganhou, enquanto para 32% quem venceu foi Castillo, de 51 anos.
No debate, ambos os candidatos prometeram vacinas da Rússia, uma vez que o país sofre sua pior fase da pandemia, mas trocaram ataques por suas profundas diferenças ideológicas.
O candidato Castillo pretende promover uma nova Constituição para dar ao Estado papel mais dominante na economia. Sua ascensão tem deixado investidores nervosos, levando a moeda peruana a ser negociada em mínimas recordes em relação ao dólar.
Enquanto isso, Fujimori, ex-parlamentar que procura se tornar a primeira mulher presidente do Peru, propõe manter o modelo econômico de livre mercado que está em vigor há três décadas -- período em que o segundo maior produtor de cobre do mundo cresceu a uma das maiores taxas da América Latina.
(Por Marco Aquino)