(Reuters) - O grupo supremacista branco Ku Klux Klan recebeu o aval de autoridades do Estado da Carolina do Sul para realizar uma manifestação a favor da bandeira confederada na capital do Estado, informou um jornal na segunda-feira, menos de duas semanas depois que um homem branco matou nove pessoas em uma igreja frequentada por negros.
O suspeito no ataque a tiros à igreja, Dylann Roof, de 21 anos, confessou o assassinato. Ele havia anteriormente publicado um manifesto racista online, bem como fotos posando com uma bandeira confederada, bandeira do período da Guerra Civil nos Estados Unidas associada com a escravidão e considerada um símbolo de opressão racista.
O tiroteio de 17 de junho, em que todas as nove vítimas eram negras, causou forte impacto nos Estados Unidos e levou a pedidos de que a Carolina do Sul pare de exibir a bandeira confederada na sede do governo.
A governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, pediu a remoção da bandeira, e disse ao Post Courier que ela não endossa a realização da manifestação pela Ku Klux Klan. Mas, de acordo com o jornal, o Conselho de Controle e Orçamento da Carolina do Sul aprovou um pedido apresentado pelo grupo "Leais Cavaleiros Brancos", da Ku Klux Klan, para a manifestação em 18 de julho em favor da bandeira.
Com raízes que remontam à Guerra Civil Americana, a Ku Klux Klan é conhecida por suas roupas brancas e capuzes pontiagudos e por seus atos de violência e intimidação contra os afro-americanos, incluindo queima de cruzes e assassinatos.
(Reportagem de Curtis Skinner, em San Francisco)