Por Isabel Coles
PERTO DA CIDADE DE SINJAR (Reuters) - As forças curdas disseram ter assegurado o controle de instalações estratégicas na cidade iraquiana de Sinjar nesta sexta-feira, como parte de uma ofensiva contra militantes do Estado Islâmico que poderia dar um impulso crucial nos esforços para derrotar o grupo jihadista.
"Isil derrotado e em fuga", disse o conselho de segurança regional do Curdistão em um tuíte, usando um acrônimo em inglês para o Estado Islâmico. O grupo disse que os combatentes peshmerga (curdos) haviam tomado o controle do armazém de trigo, a fábrica de cimento, o hospital e vários outros edifícios públicos de Sinjar.
Forças curdas, apoiadas por ataques aéreos dos Estados Unidos e voluntários da minoria yazidi do Iraque, que sofreu atrocidades nas mãos do Estado Islâmico, entraram em Sinjar nesta sexta-feira depois de expulsá-los do leste e oeste.
O conselho do Curdistão disse que as forças peshmerga tinham entrado em Sinjar "de todas as direções" para começar a expulsar os insurgentes remanescentes. Um correspondente da Reuters viu centenas de combatentes peshmerga a pé na direção da cidade e ao longo de uma estrada principal, sem enfrentar resistência imediata.
Não ficou claro se militantes do Estado Islâmico tinham se retirado antes da operação, mas os comandantes curdos expressaram preocupação de que alguns estivessem escondidos e fossem se explodir quando os peshmergas avançassem.
O número de combatentes do Estado Islâmico na cidade subiu para quase 600 no período de preparação para a ofensiva, mas apenas um punhado ficou em Sinjar nesta sexta-feira, disse o general Mohammed Seme Mala, dos curdos peshmerga.
A Reuters não conseguiu verificar de forma independente o seu relato.
Desde que a campanha começou, na quinta-feira, os curdos capturaram mais de 150 quilômetros quadrados de território em torno de Sinjar que estava em mãos do Estado Islâmico, que controla grandes áreas do Iraque e da Síria e tem ramificações na Líbia e no Egito.
O grupo jihadista, formado por iraquianos e outros árabes, bem como combatentes estrangeiros, representa a maior ameaça de segurança para o Iraque, país membro da Opep, desde que a invasão liderada pelos EUA derrubou Saddam Hussein, em 2003.