DAMASCO (Reuters) - Uma autoridade sênior iraniana classificou o rei Salman, da Arábia Saudita, de traidor do islã nesta quinta-feira, e equiparou o ataque militar saudita contra combatentes aliados ao Irã no Iêmen com ações de Israel contra palestinos.
O chefe do comitê de Segurança Nacional e Política Externa do Irã, Alaeddin Boroujerdi, fez as declaraçõe um dia após o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, acusar a Arábia Saudita de "crimes", e o vice-chefe militar do Irã alertou Riad para "guerra" caso atacasse o navio de ajuda iraniano que segue para o Iêmen.
"Os sauditas cometeram um grande erro no Iêmen e os impactos dos crimes que cometeram certamente irão se voltar contra eles", disse Khamenei durante visita do presidente do Iraque, Fouad Massoum, na quarta-feira, relatou a agência de notícias Irna.
Uma aliança de nações árabes do Golfo Pérsico, liderada pela Arábia Saudita, está bombardeando os rebeldes houthis e unidades militares aliadas que controlam grande parte do Iêmen desde 26 de março, no que dizem ser uma tentativa de restaurar o poder do presidente exilado Abd-Rabbu Mansour Hadi.
O Irã afirma que não vai permitir que forças navais lideradas pela Arábia Saudita inspecionem um navio de carga com destino ao Iêmen sob escolta militar, após a entrada em vigor de uma trégua na terça-feira.
(Reportagem de Suleiman Al-Khalidi e Parisa Hafezi)