Por Michel Rose
PARIS (Reuters) - O presidente da França, Emmanuel Macron, escolheu no domingo sua ministra da Saúde, amplamente respeitada, para revigorar uma campanha pela prefeitura de Paris que entrou em crise quando seu candidato anterior se envolveu em um escândalo devido à divulgação de imagens sexuais.
Menos de um mês antes das eleições para prefeito, nas quais as pesquisas de opinião preveem que o partido de Macron se saia mal, o presidente busca uma reviravolta na capital, onde os eleitores deram bons números a ele no passado.
Sua nova candidata, a ministra Agnes Buzyn, uma médica que lidera a resposta da França ao coronavírus, disse a repórteres que está se lançando na corrida para vencer.
Ela pegará o bastão de Benjamin Griveaux, um dos "meninos de Macron" que ajudou a impulsioná-lo ao poder em 2017. Griveaux, que é casado, foi forçado a desistir da candidatura depois que foram publicadas na Internet imagens sexuais que ele enviou para uma mulher.
O artista dissidente russo Pyotr Pavlensky, que vive exilado na França desde 2017, disse que publicou um vídeo de um homem se masturbando, que ele diz ser Griveaux, para expor a "hipocrisia". Griveaux não contestou ter enviado as mensagens e o vídeo.
Pavlensky e sua namorada, que segundo a mídia francesa recebeu as mensagens, foram presos no sábado e interrogados no domingo sobre possíveis acusações de violação de privacidade, informou o gabinete do promotor.