BEIRUTE/GENEBRA (Reuters) - Mais de 30 mil pessoas fugiram de suas casas no noroeste da Síria desde que forças do governo e aliados retomaram bombardeios aéreos e terrestres na região na semana passada, disse a agência da ONU responsável por coordenar os esforços de assistência nesta segunda-feira.
O Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (Ocha) disse que um ataque militar completo contra o último reduto da oposição ativa contra o presidente sírio, Bashar al-Assad, poderia fazer com que 800 mil pessoas deixassem suas casas.
O chefe do escritório, Mark Lowcock, disse que isso pode procovar a pior catástrofe humanitária do século 21.
A Síria, apoiada pela Rússia e o Irã, tem preparado uma grande operação para recuperar Idblib e áreas adjacentes no noroeste da Síria de rebeldes.
Aviões russos e sírios recomeçaram a bombardear a área na semana passada, e os presidentes da Turquia, Irã e Rússia não conseguiram chegar a um acordo de cessar-fogo na sexta-feira que poderia impedir a ofensiva.
O porta-voz do Ocha, David Swanson, disse à Reuters que até domingo 30.542 pessoas haviam sido forçadas a deixar suas casas no noroeste da Síria, indo para outras áreas de Idlib.
Cerca de 2,9 milhões de pessoas moram na área controlada pela oposição, que é composta principalmente pela província de Idlib e por pequenas partes adjacentes das províncias de Latakia, Hama e Aleppo. Aproximadamente metade dessa população já foi deslocada para outras partes da Síria.
(Reportagem de Lisa Barrington, em Beirute, e Stephanie Nebehay, em Genebra; Reportagem adicional de Tom Perry, em Beirute)