NOVA YORK (Reuters) - A boneca mais famosa do mundo, a Barbie, ganhou corpo novo. Agora, ela pode ser baixa, alta e curvilínea.
Cinquenta e sete anos depois de a exageradamente peituda e acinturada boneca de olhos azuis ter sido lançada, a fabricante de brinquedos com sede na Califórnia Mattel lançou nesta quinta-feira novos modelos, que segundo a empresa refletem melhor o mundo atual.
Pais e feministas por muito tempo criticaram o formato original da Barbie como estabelecedor de padrões de imagem corporal irreal para meninas, apesar das modificações promovidas ao longo dos anos.
As novas bonecas têm sete tons de pele, 22 cores de olhos, 24 estilos de cabelos e novas roupas e acessórios. Elas estão disponíveis para pedidos no site shop.mattel.com a partir desta quinta-feira e chegarão em breve às lojas.
"Estamos contentes de literalmente estarmos mudando o rosto da marca", disse Evelyn Mazzocco, vice-presidente sênior e gerente global da marca Barbie, em comunicado. "Essas novas bonecas refletem melhor o mundo que as meninas veem ao seu redor --a variedade de corpos, tons de pele e estilo permite às meninas encontrar a boneca que tenha maior apelo."
"Acreditamos ter responsabilidade em relação a meninas e pais para refletir uma visão mais ampla da beleza", acrescentou.
A nova Barbie curvilínea tem busto e traseiro maiores, coxas mais grossas e barriga saliente. O brinquedo apareceu na capa da revista Time nesta quinta-feira com a manchete: "agora vocês podem parar de falar do meu corpo?".
A clássica boneca Barbie, que foi lançada em 1959 como uma adolescente de olhos grandes usando maiô de pele de zebra, continuará fazendo parte da linha da Mattel.
O lançamento ocorre após dois anos de queda das vendas de Barbie no mundo todo, com as meninas cada vez mais buscando outras bonecas, brinquedos eletrônicos e tablets.
Ícone da cultura pop mundial, a Barbie já teve mais de 180 profissões, de professora a astronauta e presidente dos Estados Unidos. Barbies negras e outras versões da boneca foram introduzidas no fim dos anos 1960.
(Por Jill Serjeant)