Por Raphael Satter e Christopher Bing e Joel Schectman
WASHINGTON (Reuters) - A Microsoft (NASDAQ:MSFT) identificou um suposto grupo hacker que tentou invadir as redes de uma empresa que trabalha para o candidato presidencial democrata dos Estados Unidos, Joe Biden, como a mesma unidade apoiada pela Rússia que foi acusada pelos EUA de atacar a campanha da ex-candidata à Presidência Hillary Clinton, de acordo com duas fontes informadas sobre a análise da empresa.
As tentativas de ataques hackers tiveram como alvo nos últimos dois meses funcionários da SKDKnickerbocker, uma empresa de estratégia de campanha e comunicação que trabalha com Biden e outros democratas proeminentes, disseram as fontes.
A vice-presidente da SKDK, Hilary Rosen, não quis comentar. A campanha de Biden disse estar ciente de que a Microsoft afirmou que um ator estrangeiro tentou e falhou em acessar "contas de email não relacionadas à campanha de indivíduos ligados à campanha". A Microsoft, que compartilhou com a SKDK sua avaliação de que hackers estatais russos visavam a empresa, não quis comentar.
O grupo russo de hackers, que muitos pesquisadores cibernéticos chamam de "Fancy Bear", é controlado pela agência de inteligência militar da Rússia, de acordo com relatórios da comunidade de inteligência dos EUA divulgados após as eleições de 2016.
Uma pessoa familiarizada com a resposta da SKDK às tentativas disse que os hackers não conseguiram obter acesso às redes da empresa. "Eles estão bem defendidos, então não houve nenhuma violação", disse a fonte.
A Microsoft acredita que o "Fancy Bear" está por trás dos ataques com base em uma análise das técnicas de hacking e da infraestrutura de rede do grupo, disse uma das fontes.