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Na fronteira colombiana, ajuda humanitária à Venezuela é recebida com gás lacrimogêneo e tiros

Publicado 23.02.2019, 16:17
© Reuters.  Na fronteira colombiana, ajuda humanitária à Venezuela é recebida com gás lacrimogêneo e tiros

CUCUTA, Colombia/URENA, Venezuela (Reuters) - Tropas venezuelanas leais ao presidente Nicolás Maduro atiraram gás lacrimogêneo e balas de borracha contra apoiadores da oposição buscando trazer auxílio estrangeiro pela fronteira da Colômbia, neste sábado, enquanto o governo socialista desafia a pressão internacional para renunciar.

Os conflitos ocorreram quando o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, que a maioria dos países do Ocidente reconhecem como líder legítimo da Venezuela, enviou pessoalmente uma caravana de auxílio humanitário da cidade colombiana de Cúcuta.

Guaidó embarcou por um momento em um dos doze caminhões carregando auxílio humanitário, com o apoio dos EUA, antes de eles se dirigirem à fronteira, onde foram rechaçados pelas forças de segurança da Venezuela.

O governo colombiano disse que o conteúdo dos caminhões foi descarregado e transportado por “correntes humanas” que se formaram na estrada que leva à Venezuela.

Mas, na cidades de San Antonio e Urena, logo depois da fronteira, tropas atiraram gás lacrimogêneo e barras de bolacha em ativistas da oposição, incluindo advogados que caminhavam em direção à fronteira, balançando bandeiras da Venezuela e gritando “liberdade”.

Testemunhas relataram barulhos constantes de tiros sem conseguir identificar a origem.

“Eles começaram a atirar de perto, como se fossemos bandidos”, disse o lojista Vladimir Gómez, 27, vestindo uma camisa branca manchada de sangue. “Eu não consegui evitar as balas (de borracha). Elas me atingiram no rosto e nas costas. Temos que lutar”.

Muitos dos manifestantes disseram que eram civis pacíficos que simplesmente queriam ajudar por causa da escassez de comida e remédios em uma nação que já foi próspera e que sofre com um derretimento econômico sem precedentes.

“Sou uma dona de casa e estou aqui para lutar pela minha família, meus filhos e pais, resistindo ao gás lacrimogêneo do Exército e aos soldados em motos”, afirmou Sobeida Monsalve, 42.

Outros bloquearam as ruas com pneus queimados, colocaram fogo em um ônibus e arremessaram pedras em forças de segurança para exigir que Maduro permita o auxílio a um país devastado pela escassez de comida e remédios.

Tropas da guarda nacional também atiraram gás lacrimogêneo em Santa Elena, perto da fronteira com o Brasil, onde pessoas tentaram construir barricadas para impedir que agitadores armados pró-governo entrassem.

Na sexta-feira, tropas abriram fogo contra uma vila na área, matando uma mulher e seu marido. Trinta e cinco tropas da Guarda Nacional estão detidas pela comunidade indígena em protesto, disse o prefeito de Gran Sabana.

Dois caminhões com ajuda humanitária cruzaram a fronteira brasileira, embora não tenham passado pela alfândega venezuelana, de acordo com uma testemunha da Reuters.

VERGONHA AO EXÉRCITO

Um vídeo nas redes sociais mostrou tropas que desertaram no sábado dirigindo veículos armados por uma ponte que liga a Venezuela à Colômbia, derrubando barricadas de metal no processo, pulando dos veículo e correndo para o lado colombiano.

“O que fizemos, fizemos pelas nossas famílias, para o povo venezuelano”, disse um dos quatro homens em vídeo replicado em um programa de notícias colombiano na televisão, que não os identificou. “Não somos terroristas”.

(Reportagem de Nelson Bocanegra e Anggy Polanco)

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