Teresa Bouza.
Washington, 8 out (EFE).- A dinâmica econômica global mudou e se antes o motor do desenvolvimento estava nas mãos dos países emergentes, agora as nações emergentes voltaram a ter grande responsabilidade, embora o futuro imediato será determinado pelo Fed e a China, segundo o Fundo Monetário Internacional.
Em seu relatório semestral "Perspectivas econômicas globais", que foi divulgado hoje, a instituição rebaixou em três décimos o crescimento global previsto para 2013, até 2,9%. Em 2014, o crescimento será de 3,6%, dois décimos a menos do que o antecipado em julho.
"O crescimento global avança a um ritmo lento, os motores da atividade estão mudando e os riscos de baixa persistem", afirmou o relatório do FMI, para quem o empurrão cíclico da China e do restante dos emergentes chegou ao seu máximo.
Os Estados Unidos, por outro lado, dá sinais de uma renovada força e voltará a se transformar no principal motor econômico global, mas apenas se atuar para encerrar a paralisação da administração federal e o Congresso der sinal verde para ampliação do teto da dívida.
O relatório menciona que apesar de uma paralisação da administração mais prolongada do que o previsto ser "bastante prejudicial", não aumentar o teto da dívida e a consequente moratória seletiva provocaria "sérios danos" globais.
Na apuração por países, o FMI destaca também o caso do Japão, que desfruta de uma vigorosa subida" que se traduzirá em um crescimento econômico de 2% neste ano, mas que perderá vapor em 2014, quando o Produto Interno Bruto (PIB) do país alcançará 1,2%.
A zona do euro, enquanto isso, começa a ver a luz no final do túnel, embora o crescimento permanece raquítico e persistem velhos problemas como a fragmentação do sistema financeiro.
As projeções do Fundo apontam que a atividade econômica na zona do euro se contrairá 0,4% em 2013 e avançará 1% no ano que vem.
O FMI considera que a mudança na dinâmica de crescimento coloca novos desafios e argumenta que o futuro imediato dependerá de dois fatores: o futuro da política monetária dos Estados Unidos e a evolução da China.
O relatório destacou a convicção cada vez mais generalizada nos mercados de que as políticas expansionistas do Federal Reserve (Fed) se aproximam de seu fim.
"Isso levou a um aumento inesperadamente elevado nos diferenciais a longo prazo nos Estados Unidos e muitas outras economias, apesar da recente decisão do Fed de manter as compras de ativos", assinalou o FMI.
O organismo alerta que essa mudança poderia trazer riscos para os países emergentes, onde a atividade econômica está se desacelerando e a qualidade dos ativos financeiros piorando.
Segundo o FMI, os emergentes crescerão 4,5% neste ano, meio ponto a menos do que antecipado em julho. Em 2014, o crescimento será de 5,1%, quatro décimos a menos do que o previsto.
Por isso o organismo considera "essencial" uma "implementação cuidadosa" e uma "comunicação clara" por parte do Fed.
O segundo fator determinante é a crescente percepção de que a China crescerá mais lentamente a médio prazo que nos últimos anos, o que afetará "muitas outras economias", sobretudo as exportadoras de matérias-primas nos países emergentes e em desenvolvimento.
O FMI disse, além disso, que já não existe consenso na ideia de que as autoridades chinesas vão reagir com um forte pacote de estímulo se o crescimento cair abaixo do objetivo oficial de 7,5%.
Segundo as projeções do FMI, a China crescerá 7,6% neste ano e 7,3% em 2014. EFE
Washington, 8 out (EFE).- A dinâmica econômica global mudou e se antes o motor do desenvolvimento estava nas mãos dos países emergentes, agora as nações emergentes voltaram a ter grande responsabilidade, embora o futuro imediato será determinado pelo Fed e a China, segundo o Fundo Monetário Internacional.
Em seu relatório semestral "Perspectivas econômicas globais", que foi divulgado hoje, a instituição rebaixou em três décimos o crescimento global previsto para 2013, até 2,9%. Em 2014, o crescimento será de 3,6%, dois décimos a menos do que o antecipado em julho.
"O crescimento global avança a um ritmo lento, os motores da atividade estão mudando e os riscos de baixa persistem", afirmou o relatório do FMI, para quem o empurrão cíclico da China e do restante dos emergentes chegou ao seu máximo.
Os Estados Unidos, por outro lado, dá sinais de uma renovada força e voltará a se transformar no principal motor econômico global, mas apenas se atuar para encerrar a paralisação da administração federal e o Congresso der sinal verde para ampliação do teto da dívida.
O relatório menciona que apesar de uma paralisação da administração mais prolongada do que o previsto ser "bastante prejudicial", não aumentar o teto da dívida e a consequente moratória seletiva provocaria "sérios danos" globais.
Na apuração por países, o FMI destaca também o caso do Japão, que desfruta de uma vigorosa subida" que se traduzirá em um crescimento econômico de 2% neste ano, mas que perderá vapor em 2014, quando o Produto Interno Bruto (PIB) do país alcançará 1,2%.
A zona do euro, enquanto isso, começa a ver a luz no final do túnel, embora o crescimento permanece raquítico e persistem velhos problemas como a fragmentação do sistema financeiro.
As projeções do Fundo apontam que a atividade econômica na zona do euro se contrairá 0,4% em 2013 e avançará 1% no ano que vem.
O FMI considera que a mudança na dinâmica de crescimento coloca novos desafios e argumenta que o futuro imediato dependerá de dois fatores: o futuro da política monetária dos Estados Unidos e a evolução da China.
O relatório destacou a convicção cada vez mais generalizada nos mercados de que as políticas expansionistas do Federal Reserve (Fed) se aproximam de seu fim.
"Isso levou a um aumento inesperadamente elevado nos diferenciais a longo prazo nos Estados Unidos e muitas outras economias, apesar da recente decisão do Fed de manter as compras de ativos", assinalou o FMI.
O organismo alerta que essa mudança poderia trazer riscos para os países emergentes, onde a atividade econômica está se desacelerando e a qualidade dos ativos financeiros piorando.
Segundo o FMI, os emergentes crescerão 4,5% neste ano, meio ponto a menos do que antecipado em julho. Em 2014, o crescimento será de 5,1%, quatro décimos a menos do que o previsto.
Por isso o organismo considera "essencial" uma "implementação cuidadosa" e uma "comunicação clara" por parte do Fed.
O segundo fator determinante é a crescente percepção de que a China crescerá mais lentamente a médio prazo que nos últimos anos, o que afetará "muitas outras economias", sobretudo as exportadoras de matérias-primas nos países emergentes e em desenvolvimento.
O FMI disse, além disso, que já não existe consenso na ideia de que as autoridades chinesas vão reagir com um forte pacote de estímulo se o crescimento cair abaixo do objetivo oficial de 7,5%.
Segundo as projeções do FMI, a China crescerá 7,6% neste ano e 7,3% em 2014. EFE