HAVANA (Reuters) - O novo presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, chegou a Nova York no domingo em sua primeira visita aos Estados Unidos, onde denunciará o embargo econômico norte-americano de décadas contra seu país na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), noticiou a mídia estatal.
As tensões entre os inimigos da Guerra Fria se intensificaram depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, endureceu o embargo no ano passado, na esteira da retomada das relações diplomáticas levada a cabo por seu antecessor, Barack Obama. Washington também alegou a ocorrência de uma série de ataques contra a saúde de seus diplomatas em Havana.
O governo cubano disse que nenhum ataque aconteceu e que a gestão Trump está usando qualquer um que tenha ocorrido – se algum de fato ocorreu – como pretexto para escalar sua postura hostil contra a ilha comunista.
Díaz-Canel, que assumiu a Presidência de seu mentor, Raúl Castro, em abril, discursará na Cúpula de Paz Nelson Mandela da Assembleia-Geral nesta segunda-feira e na própria Assembleia-Geral na quarta-feira, segundo o veículo estatal Cubadebate.
Nesta sessão Cuba apresentará pelo 27º ano seguido uma resolução pedindo o fim do embargo comercial dos EUA contra a ilha.
"Trazemos a voz de Cuba que, acima de tudo, vem denunciar a política anormal do bloqueio, uma política que já fracassou, continuará a fracassar e que é o bloqueio mais longo da história da humanidade", disse Díaz-Canel ao chegar, de acordo com o Ministério de Relações Exteriores cubano.
(Por Sarah Marsh)