VATICANO (Reuters) - O papa Francisco pediu nesta quarta-feira para que o presidente russo, Vladimir Putin, se comprometa com um "grande e sincero esforço" para alcançar a paz na Ucrânia, afirmou o Vaticano.
Os dois se encontraram por cerca de 50 minutos e concordaram sobre a necessidade de recriar um clima de diálogo na Ucrânia e implementar um acordo de paz a fim de encerrar os combates entre forças do governo e rebeldes separatistas pró-Rússia, acrescentou o Vaticano.
Putin se reuniu com o papa após conversar com o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, em Milão, onde o líder italiano mostrou poucos sinais de que pode passar por cima de sanções da União Europeia à Rússia, impostas em resposta ao papel de Moscou na crise da Ucrânia.
Moscou, que anexou a região ucraniana da Crimeia como território russo no ano passado, tem refutado as acusações do Ocidente de que esteja armando os separatistas no leste da Ucrânia e até mesmo enviando seus próprios soldados para participar da luta.
Segundo o Vaticano, o papa disse a Putin que são essenciais uma resolução para a "grave situação humanitária" na Ucrânia, a permissão de ajuda em áreas de conflito e o trabalho para uma paz "progressiva" na região.
Durante uma sessão de fotos após as conversas privadas no Vaticano, Francisco falou sobre a necessidade de uma "paz que supere todas as guerras" e de "solidariedade entre povos".
(Reportagem de Philip Pullella)