ROMA (Reuters) - O Papa Francisco fez sua primeira visita como pontífice a uma sinagoga neste domingo, onde, em referência a ataques islâmicos, condenou a violência em nome da religião.
Em meio a cânticos de salmos em hebraico e discursos ressaltando os avanços notáveis nas relações entre católicos e judeus nos últimos 50 anos, Francisco tornou-se o terceiro pontífice a visitar a principal sinagoga de Roma, depois dos papas João Paulo II e Bento XVI.
A segurança foi excepcionalmente reforçada na área, e até mesmo jornalistas passaram por três revistas separadas em um espaço de menos de 100 metros. A polícia antiterror patrulhou os dois lados à margem do rio Tibre, que foi fechada ao público.
"A violência do homem contra o homem está em contradição com qualquer religião digna desse nome, em particular a três grandes religiões monoteístas (judaísmo, cristianismo e islamismo)" disse ele, no que pareceu ser referência a ataques de militantes islâmicos.
"Os conflitos, guerras, violência e injustiças abrem feridas profundas na humanidade, o que nos chama para fortalecer ou compromisso com a paz e justiça", afirmou.
Os líderes judeus foram mais específicos em sua condenação da violência islâmica.
"A fé não gera ódio. A fé não derrama sangue. A fé exige diálogo, disse Ruth Dureghello, presidente da Comunidade judaica de Roma em seu discurso ao papa.
(Por Philip Pullella)