DUBAI (Reuters) - O Parlamento do Irã aprovou novas medidas contra o financiamento do terrorismo neste domingo, mudanças que autoridades esperam que aproximem Teerã das normas globais e ajudem a remover o país das listas negras de investimentos, no momento em que enfrenta novas sanções dos EUA.
As medidas, que permitem que o Irã participe da convenção Combate ao Financiamento do Terrorismo (CFT), ainda precisam ser aprovadas por um órgão clerical antes de se tornarem lei.
Teerã afirma que tem tentado implementar padrões internacionais contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo estabelecidos pelo Grupo de Ação Financeira (FATF, na sigla em inglês), mas encontra dificuldades para conseguir que as medidas sejam aprovadas.
Os radicais no parlamento têm se oposto à legislação destinada a avançar para o cumprimento das normas do FATF, argumentando que isso poderia dificultar o apoio financeiro iraniano a aliados como o Hezbollah, do Líbano, que os EUA classificaram como uma organização terrorista.
O FATF disse que Teerã tem até outubro para concluir as reformas ou enfrentar as consequências que podem deter ainda mais os investidores do país.
"O parlamento enfrenta uma decisão histórica ... de agir ao longo dos interesses da nação e tirar quaisquer desculpas futuras dos EUA (para pressionar o Irã)", disse o ministro das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, ao parlamento antes da votação, que foi transmitida pela rádio estatal.