WIESBADEN, (Reuters) - Líderes do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AFD) já foram repreendidos por menosprezarem o significado do nazismo e criticarem as memórias do holocauto, mas isso não impediu que um pequeno grupo de judeus apoiasse o partido.
Neste domingo, eles formaram o Judeus do AFD, um grupo político sediado no oeste da cidade Wiesbaden que busca por maior apoio ao partido defendendo a ideia de que o islamismo não é compatível com a constituição da Alemanha.
"Nós não somos uma organização religiosa, nós somos uma organização política", disse o líder do Judeus do AFD, Wolfgang Fuhl, a repórteres na cerimônia de inauguração em um pódio com alguns judeus, incluindo alguns usando quipá.
Ele disse que as pessoas que desejam se juntar ao grupo devem atender a dois quesitos: ser membro do partido AFD e ter associação étnica ou religiosa com a fé judaica. Vinte novas pessoas se associaram ao grupo no evento deste domingo.
O partido AFD entrou no parlamento alemão pela primeira vez nas eleições do ano passado, recebendo apoio de um grande número de eleitores irritados com a decisão da chanceler Angela Merkel de receber em 2015 cerca de 1 milhão de refugiados no país, sendo que a maioria era formada por mulçumanos.
O sucesso do movimento gerou preocupação nas autoridades israelenses e em grupos judaicos na Europa e nos Estados Unidos.
(Por Joseph Nasr)