BRUXELAS (Reuters) - A Comissão Europeia propôs congelar os bens do patriarca Kirill, chefe da Igreja Ortodoxa Russa, disse um diplomata nesta quarta-feira.
O patriarca foi adicionado a uma lista que já inclui centenas de militares e empresários próximos ao Kremlin, que a UE acusa de apoiar a guerra na Ucrânia.
A sanção, que implicaria o congelamento de bens e a proibição de viagens, precisa do apoio dos Estados da UE para ser adotada.
Diplomatas da UE devem se reunir esta semana para discutir a sanção, que faz parte de um pacote mais amplo proposto pela Comissão Europeia nesta quarta-feira, incluindo um embargo de petróleo e restrições aos bancos russos.
Uma primeira reunião de enviados da UE na quarta-feira terminou sem um acordo, principalmente por causa das críticas de alguns países à proibição do petróleo e outras medidas relacionadas ao petróleo, como a proibição de serviços de transporte marítimo da UE para o petróleo russo, disseram autoridades.
Mais cedo, nesta quarta, a Igreja Ortodoxa Russa repreendeu o papa Francisco depois que ele pediu ao patriarca que não se tornasse o "coroinha" do Kremlin, dizendo ao Vaticano que tais comentários prejudicariam o diálogo entre as igrejas.
(Reportagem de Francesco Guarascio)