Por Richard Cowan
WASHINGTON (Reuters) - O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump ampliou a vantagem sobre seus rivais na disputa presidencial republicana de 2024, mesmo enfrentando acusações criminais em Nova York, de acordo com uma pesquisa Reuters/Ipsos divulgada nesta segunda-feira.
Quarenta e oito por cento dos identificados como republicanos querem que Trump seja o candidato presidencial de seu partido, acima dos 44% registrados em uma pesquisa realizada entre 14 e 20 de março.
Já 19% apoiam seu rival mais próximo, o governador da Flórida, Ron DeSantis, fatia inferior aos 30% do mês passado. Outros rivais prováveis aparecem na casa de um dígito.
A pesquisa online foi realizada entre 31 de março e 3 de abril, após a notícia de que Trump enfrentaria acusações criminais relacionadas ao suborno pago a uma atriz pornô antes da eleição de 2016.
Trump é o primeiro ex-presidente dos EUA a enfrentar uma acusação criminal. Ele deve se declarar inocente em um tribunal de Manhattan na terça-feira.
Nas últimas semanas, DeSantis foi alvo de críticas por causa de uma declaração feita em 13 de março na qual disse que não era um interesse nacional vital dos EUA tornar-se "ainda mais envolvido em uma disputa territorial entre a Ucrânia e a Rússia".
Trump intensificou seus ataques a DeSantis, que não anunciou formalmente sua candidatura, mas deve concorrer.
Setenta e um por cento dos norte-americanos, incluindo 58% dos republicanos, dizem que é crível que Trump tenha feito um pagamento à atriz pornô Stormy Daniels para que ela não falasse sobre um caso entre ela e Trump antes da eleição presidencial de 2016. O ex-presidente proclamou sua inocência e negou o caso, embora tenha reconhecido ter feito um pagamento a Daniels.
Ao mesmo tempo, 51% dos entrevistados, incluindo 80% dos republicanos, disseram acreditar que as acusações têm motivação política.
Esses números permanecem praticamente inalterados em relação ao mês passado.
A pesquisa, que entrevistou 706 adultos norte-americanos, tem um intervalo de credibilidade, uma medida de precisão, de mais ou menos 2,7 pontos percentuais para todos os consultados, e de mais ou menos 4,5 pontos percentuais para os entrevistados republicanos.
(Reportagem de Richard Cowan)