WASHINGTON (Reuters) - O plano de corte de impostos republicano do Senado dos Estados Unidos que está sendo apresentado nesta quinta-feira atrasaria até 2019 a redução da carga tributária corporativa e rejeita totalmente dedução do imposto de renda federal para impostos estaduais e locais, duas diferenças fundamentais em relação ao plano fiscal da Câmara dos Deputados.
O presidente Donald Trump e seus colegas republicanos que controlam o Congresso prometeram profundos cortes tributários que dizem que energizarão a economia, mas o surgimento de diferenças nas propostas do Senado e da Câmara podem complicar a aprovação pelo Congresso.
Enquanto o comitê que está elaborando o plano tributário na Câmara apronta os últimos detalhes no projeto para realizar a maior reforma tributária dos Estados Unidos em décadas, os senadores republicanos se preparam para anunciar seu plano, em separado, mais tarde nesta quinta-feira. Os congressistas republicanos querem aprovar a lei até o fim do ano.
O plano do Senado, como na versão da Câmara, reduziria a taxa de imposto corporativo de 35 por cento para 20 por cento, mas atrasaria o corte em um ano, até 2019, segundo o senador republicano Bill Cassidy, membro do Comitê de Finanças.
O projeto da Câmara irá extinguir a dedução do imposto de renda que os norte-americanos atualmente podem adotar para impostos estaduais e locais e sobre vendas, mas manterá as deduções para empresários. Isso limitaria a 10 mil dólares a dedução para o imposto sobre propriedades estadual e local.
O plano do Senado extinguirá totalmente a dedução estatal e local, disse Cassidy. Reduzir tal dedução atingiria mais durante os contribuintes mais taxados, em Estados que tipicamente têm tendências democratas, como Califórnia, Nova York, Nova Jersey, Connecticut e Massachusetts.
(Por David Morgan e Susan Cornwell; reportagem adicional por Amanda Becker, Doina Chiacu, SusanHeavey e Jonathan Spicer)