Por Anshuman Daga e Derek Francis
HYDERABAD, Índia (Reuters) - A polícia da Índia matou a tiros nesta sexta-feira quatro homens suspeitos de estuprar e assassinar uma veterinária de 27 anos perto da cidade de Hyderabad, e foi aplaudida por familiares da vítima e centenas de cidadãos revoltados com a violência sexual contra as mulheres.
Os homens haviam sido postos sob custódia policial e foram baleados perto do cenário do crime da semana passada, onde tentaram tomar as armas de policiais que os acompanhavam em uma reconstituição do crime, disse N. Prakash Reddy, vice-comissário da polícia de Shamshabad, nas proximidades de Hyderabad.
Durante a semana passada, milhares de indianos protestaram em várias cidades em reação ao estupro e assassinato da veterinária -- o mais recente de uma série de casos hediondos de ataques sexuais no país.
A vítima havia saído de casa de lambreta para uma consulta e mais tarde ligou para a irmã dizendo que um pneu havia furado. Ela disse que um motorista de caminhão lhe ofereceu ajuda e que estava esperando perto de um pedágio.
A polícia disse que ela foi sequestrada, estuprada e asfixiada e que depois seu corpo foi incinerado nos arredores de Hyderabad. Quatro homens foram presos.
Reddy disse que os homens --dois motoristas de caminhão e dois limpadores de caminhão de idades entre 20 e 26 anos-- haviam sido levados ao local para reconstituir o crime perto das 6h desta sexta-feira.
"Houve um fogo cruzado. Nele, todos os quatro acusados morreram", disse Reddy. "Dois policiais foram feridos".
A polícia indiana já foi acusada muitas vezes de execuções extrajudiciais, chamadas de "encontros", especialmente em meio a guerras de territórios de gangues de Mumbai e em insurreições no Estado do Punjab e na Caxemira em disputa.