ESTOCOLMO (Reuters) - O serviço de segurança da polícia sueca informou nesta terça-feira que deteve cinco homens sob suspeita de conspiração para cometer crimes terroristas, após "convocações internacionais para ataques" que se seguiram a um protesto em que houve a queima do Alcorão em Estocolmo.
A queima de uma cópia do Alcorão em Estocolmo por um ativista de extrema-direita em janeiro causou indignação em partes do mundo muçulmano e prejudicou a tentativa da Suécia de ingressar na Otan, depois que a Turquia interrompeu as negociações.
Os cinco homens foram detidos durante operações coordenadas em três cidades na manhã de terça-feira. Acredita-se que os suspeitos tenham ligações internacionais com o extremismo islâmico violento, disse o serviço de segurança, que não identificou os suspeitos.
"O caso atual é um dos vários em que a Polícia de Segurança tem trabalhado após os protestos dirigidos à Suécia em conexão com a altamente divulgada queima do Alcorão em janeiro", afirmou o serviço de segurança em um comunicado.
Susanna Trehorning, vice-chefe de contraterrorismo do serviço de segurança, disse que apelos internacionais por ataques ocorreram após o protesto.
Em uma declaração separada, a Autoridade de Promotoria Sueca declarou que um promotor tem até sexta-feira para decidir se os homens permanecerão sob custódia.
Desde o protesto, a polícia sueca tem negado permissão para várias manifestações onde o Alcorão seria queimado. No entanto, um tribunal sueco decidiu na terça-feira que tais protestos são protegidos pela constituição sueca.
(Reportagem de Johan Ahlander)