Por Philip Blenkinsop
BRUXELAS (Reuters) - O principal aeroporto de Bruxelas não pôde reabrir no início da noite desta sexta-feira pelo horário local, como planejado, porque a polícia e autoridades do aeroporto não chegaram a um acordo sobre como revistar passageiros após os ataques suicidas de 22 de março.
O aeroporto não tem voos de passageiros desde que dois supostos militantes islâmicos se explodiram no local. Os dois homens-bomba, e mais um em um trem do metrô da capital belga, mataram 35 pessoas no total e deixaram dezenas de feridos.
O aeroporto, cujo salão de embarque foi destruído pelas explosões, construiu uma área de check-in temporária, realizou testes e se declarou pronto para retomar os voos.
A Polícia Federal, cujos agentes trabalham no aeroporto, quer que os passageiros sejam verificados fora do novo salão de embarque, mas as autoridades do aeroporto dizem que isso os faria esperar muito e simplesmente levaria a ameaça de segurança de dentro para fora das instalações.
Já a polícia do aeroporto se diz pronta para entrar em greve por causa da celeuma.
"Precisamos de um entendimento com os sindicatos policiais. No momento há discussões entre eles e o Ministério do Interior", disse a porta-voz do aeroporto, confirmando que não haveria voos de passageiros nesta sexta-feira.
Quando reabrir, o aeroporto só deve operar com 20 por cento da capacidade, o que significa o embarque de cerca de 800 passageiros por hora.
(Reportagem adicional de Robert-Jan Bartunek)