Por Catarina Demony e Sergio Goncalves
LISBOA (Reuters) - Pessoas em diversas partes da grande Lisboa terão de voltar para dentro de casas a partir da semana que vem, enquanto autoridades portuguesas lidam com uma preocupante onda de coronavírus nas periferias da cidade, anunciou o governo nesta quinta-feira.
Moradores de áreas afetadas da capital - que representam um total de 19 regiões que não incluem o centro de Lisboa - poderão deixar suas casas apenas para comprar produtos essenciais, como alimentos e medicamentos, e para se deslocarem para o trabalho.
"A única forma eficiente de se controlar a pandemia é ficar em casa sempre que possível, manter o distanciamento social a todo tempo e sempre manter os padrões de proteção e higiene", disse o primeiro-ministro, Antonio Costa, a jornalistas.
A medida estará em vigor e 1 a 14 de julho, quando será revisada, de acordo com um documento do governo.
Nas 19 áreas designadas, haverá um limite de até cinco pessoas para reuniões, comparado com um limite de 10 na grande Lisboa e de 20 para o resto do país.
O anúncio acontece após o governo introduzir restrições na terça-feira que incluíram uma ordem para que a maioria dos espaços comerciais da região metropolitana da capital, excluindo os restaurantes, sejam fechados às 20 horas todos os dias.
Com 40.415 infecções e 1.549 mortes pelo coronavírus, Portugal é apontado como caso de sucesso na luta contra doença. O país começou a suspender as medidas de lockdown em 4 de maio.