Por Gavin Jones
ROMA (Reuters) - O prefeito de Roma, Ignazio Marino, renunciou nesta quinta-feira após um escândalo sobre seus gastos no cartão de crédito que abalaram a imagem de seu Partido Democrárico (PD), o mesmo do primeiro-ministro Matteo Renzi.
Marino negou as acusações de que tenha usado dinheiro da cidade para comer e beber com sua família e amigos no que se tornou conhecido como caso "jantar-gate", mas acabou se tornando um risco eleitoral para Renzi.
Ele se ofereceu para devolver os 20 mil euros (22,5 mil dólares) que alega terem sido gastos em seu cartão de crédito oficial.
"Estou renunciando", afirmou Marino em um comunicado no qual defendeu sua passagem pelo cargo e disse que suas tentativas de construir um futuro melhor para Roma foram de encontro a "uma reação furiosa" de grupos de interesse.
O escândalo, um dos muitos que têm perseguido Marino há meses, ocorre no momento em que a cidade se prepara para o Ano do Jubileu da Misericórdia, comemorado pela Igreja Católica, que deve atrair milhões de visitantes a Roma.
Sua renúncia foi anunciada após uma acalorada reunião do governo municipal, na qual ficou claro que ele havia perdido o apoio de Renzi, assim como da maioria de seus conselheiros.