ROMA (Reuters) - O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, foi criticado nesta terça-feira depois que estátuas nuas antigas no Museu Capitolino de Roma foram cobertas para evitar qualquer possível ofensa ao presidente iraniano, Hassan Rohani, que está visitando o país.
Itália e Irã vão assinar acordos de até 17 bilhões de euros durante a visita de dois dias da delegação iraniana, que começou na segunda-feira, mas líderes da oposição italiana e analistas disseram que Renzi foi longe demais para agradar o visitante.
Políticos de esquerda e direita afirmaram que Renzi também quase não fez referência ao histórico do Irã sobre direitos humanos, durante uma coletiva à imprensa conjunta, além de ter "rendido" a identidade cultural da Itália ao ocultar as estátuas de mulheres nuas.
"O respeito pelas outras culturas não pode e não deve significar negar a nossa", disse Luca Squeri, um parlamentar do partido de centro-direita Forza Italia. "Isso não é respeito, está anulando as diferenças e é uma espécie de rendição."
A pedido do Irã, a Itália também manteve vinho fora do menu em um jantar cerimonial na segunda-feira à noite.
Barbara Saltamartini, do partido Liga Norte, disse que cobrir as estátuas com painéis brancos foi um "ato de submissão", enquanto o líder do partido, Matteo Salvini, escreveu em sua página no Facebook que foi "loucura".
(Reportagem de Gavin Jones) OLBRENT Reuters Brazil Online Report Entertainment News 20160126T195031+0000