Por Hyonhee Shin
SEUL (Reuters) - O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, disse nesta terça-feira que promoverá a criação de uma unidade militar especializada em drones, criticando a resposta dos militares do país a uma invasão de fronteira por drones norte-coreanos.
Cinco drones norte-coreanos sobrevoaram a Coreia do Sul na segunda-feira, levando Seul a enviar caças e helicópteros de ataque e tentar derrubá-los, na primeira ocorrência do tipo desde 2017.
O incidente reacendeu as questões sobre as defesas aéreas sul-coreanas em um momento em que o país está tentando conter as crescentes ameaças nucleares e de mísseis da Coreia do Norte.
Os militares dispararam tiros de advertência e cerca de 100 tiros de um helicóptero equipado com uma metralhadora, mas não conseguiram derrubar nenhum dos drones enquanto sobrevoavam várias cidades sul-coreanas, incluindo a capital, Seul, por cerca de cinco horas.
"O incidente mostrou uma falta substancial de preparação e treinamento de nossos militares nos últimos anos e confirmou claramente a necessidade de prontidão e treinamento mais intensos", disse Yoon em uma reunião de gabinete.
Yoon culpou a falta de preparação na "perigosa" política de seu antecessor para a Coreia do Norte, que se baseava nas "boas intenções" de Pyongyang e em um pacto militar intercoreano de 2018 que proibia atividades hostis nas áreas de fronteira.
"Planejamos estabelecer uma unidade de drones para monitorar e reconhecer as principais instalações militares norte-coreanas e agora vamos acelerar o plano o máximo possível", acrescentou, prometendo aumentar sua capacidade de vigilância e reconhecimento com drones de ponta.
(Por Hyonhee Shin; Reportagem adicional de Choonsik Yoo)