Por Asif Shahzad
ISLAMABAD (Reuters) - A prisão preventiva do ex-primeiro-ministro paquistanês Imran Khan por acusações de vazamento de segredos de Estado foi prorrogada por duas semanas nesta quarta-feira, informou seu advogado.
O ex-astro do críquete, de 70 anos, tem estado no centro de uma crise política desde que perdeu um voto de confiança no Parlamento em abril de 2022, e sua condenação em um caso de corrupção separado no mês passado resultou no impedimento de concorrer às eleições nacionais.
No final de agosto, um tribunal superior suspendeu a sentença de prisão de Khan por corrupção apenas algumas semanas depois de ele ter sido preso, mas uma ordem anterior de prisão preventiva no caso de segredos de Estado impediu sua libertação.
A última extensão da ordem de prisão preventiva manterá Khan preso até 26 de setembro, disse o advogado Naeem Panjutha em uma publicação na rede social X.
No caso dos segredos de Estado, Khan é acusado de tornar público o conteúdo de um telegrama confidencial enviado pelo embaixador do Paquistão nos Estados Unidos e de usá-lo para obter ganhos políticos, de acordo com um documento da Agência Federal de Investigação visto pela Reuters.
Khan alega que o telegrama prova que os Estados Unidos pressionaram os militares do Paquistão para orquestrar a queda de seu governo porque ele visitou a Rússia pouco antes da invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.
Washington e os militares paquistaneses negaram as acusações de Khan.
No caso de corrupção, Khan foi condenado a três anos de prisão por vender ilegalmente presentes do Estado durante seu período como primeiro-ministro, de 2018 a 2022. Como resultado, a comissão eleitoral o impediu de concorrer às eleições por cinco anos e, embora a sentença de prisão tenha sido suspensa no mês passado, a condenação ainda permanece.