MOSCOU (Reuters) - O governo russo demitiu oficiais que permitiram que um ex-funcionário do Kremlin e suposto informante da CIA deixasse o país, reportou a agência Interfax nesta sexta-feira.
Informações veiculadas na imprensa norte-americana, confirmadas à Reuters por duas fontes, disseram que um informante da CIA no governo russo havia ido para os Estados Unidos em 2017.
O jornal diário russo Kommersant disse que o funcionário pode ter sido um homem chamado Oleg Smolenkov, que desapareceu com sua esposa, Antonina, e seus três filhos enquanto passava férias em Montenegro em junho de 2017.
O Kommersant mostrou uma foto de uma casa que teria sido comprada posteriormente por uma família com os mesmos nomes em Stafford, na Virgínia, a 65 quilômetros de Washington.
O Kremlin confirmou que Smolenkov trabalhou na administração presidencial russa, mas disse que ele havia sido demitido em 2016/17 e que ele não era um funcionário sênior. Um diretório telefônico de 2014 visto pela Reuters o lista como conselheiro chefe de Yuri Ushakov, principal assessor de política externa do presidente russo, Vladimir Putin.
A Rússia disse nesta quinta-feira que havia perguntado aos EUA, através da Interpol, do paradeiro de Smolenkov.
(Reportagem de Andrew Osborn)