WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos e seus aliados não irão retirar tropas da Síria antes de diplomatas conseguirem a paz, disse nesta segunda-feira o secretário de Defesa dos EUA, Jim Mattis, em um dos sinais mais fortes até o momento de que retirada completa dos EUA é improvável no futuro próximo.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na semana passada que deseja retirar tropas norte-americanas da Síria relativamente em breve, mas aparentou equilibrar esta posição ao expressar um desejo de deixar uma “pegada forte e duradoura”.
A pegada, em linguajar militar, normalmente se refere a uma presença de tropas norte-americanas.
Mattis disse que os EUA e seus aliados estão à beira da vitória sobre o Estado Islâmico e acrescentou que eles não desejam simplesmente abandonar a Síria enquanto o país permanece em estado de guerra.
“Nós não queremos simplesmente sair antes de diplomatas terem conquistado a paz. Você ganha a luta – e então você ganha a paz”, disse Mattis a repórteres no Pentágono.
Mattis afirmou que iria se encontrar com o enviado da Organização das Nações Unidas para a Síria, Staffan de Mistura, para “ver onde está o processo de Genebra e o que podemos fazer para ajudar”.
Esforços foram feitos para buscar um fim negociado para a guerra civil da Síria, que matou meio milhão de pessoas durante sete anos e deslocou milhões.
O Pentágono e o Departamento de Estado também mantiveram que um esforço norte-americano de prazo mais longo será necessário para garantir uma vitória duradoura sobre o Estado Islâmico. O Grupo tomou amplas faixas da Síria e Iraque, mas tem gradualmente perdido seu território desde que os EUA e seus aliados iniciaram uma ofensiva militar em 2014.
Algumas das críticas mais duras a uma possível retirada da Síria vêm de dentro do próprio partido republicano de Trump, que atacou o presidente Barack Obama quando ele retirou tropas norte-americanas do Iraque em 2011.
(Reportagem de Phil Stewart e Idrees Ali)