Por Richard Cowan e David Morgan
WASHINGTON (Reuters) - O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira de forma esmagadora projeto de lei que concede bilhões de dólares para limitar os danos da pandemia de coronavírus por meio de testes gratuitos, licença médica remunerada e aumento dos gastos com rede de segurança.
O projeto apoiado pelo presidente Donald Trump agora segue para sanção. Congresso e Casa Branca discutem medidas adicionais de estímulo que podem custar mais de 1 trilhão de dólares.
Parlamentares do Senado, comandado pelos republicanos, abriram mão de suas divergências ideológicas ao aprovarem o texto por um voto bipartidário de 90 a 8, com todos os votos "não" vindos dos republicanos. A Câmara dos Deputados, controlada pelos democratas, também aprovou o projeto por uma margem bipartidária esmagadora no último sábado.
O custo exato não foi calculado, mas o Comitê Conjunto de Tributação do Congresso estima que apenas as licenças médicas e as licenças familiares custariam 105 bilhões de dólares.
Os parlamentares estão tentando criar outro pacote de emergência que pode custar 1,3 trilhão de dólares --muito mais do que os pacotes gigantescos de combate à recessão que o Congresso aprovou em 2008 e 2009 durante a crise financeira.
Esse pacote pode incluir duas rodadas de pagamentos diretos aos norte-americanos, de 250 bilhões de dólares cada, segundo uma proposta do Departamento do Tesouro vista pela Reuters.
Trump sugeriu na terça-feira que esses cheques podem chegar a mil dólares cada. Os pagamentos seriam especificados com base na renda e no tamanho da família.
O plano também forneceria 300 bilhões de dólares a pequenas empresas, 50 bilhões de dólares em empréstimos para companhias aéreas sem dinheiro e 150 bilhões de dólares em garantias de empréstimos a outros setores econômicos em dificuldades.