Por Katharine Jackson
WASHINGTON (Reuters) - Diversos agentes do Serviço Secreto dos Estados Unidos foram colocados em licença após a tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump no mês passado, disseram meios de comunicação nesta sexta-feira.
A Fox e a CBS informaram que pelo menos cinco membros do Serviço Secreto envolvidos no incidente, incluindo o chefe do escritório do Serviço Secreto em Pittsburgh, foram colocados em licença.
A segurança do comício de 13 de julho em Butler, na Pensilvânia, tem sido alvo de escrutínio, com sérias preocupações sobre como o suspeito conseguiu acessar um telhado próximo com uma linha de visão direta para o local onde o candidato republicano à presidência estava discursando.
O Serviço Secreto disse que estava "envergonhado" com o lapso de segurança e seu chefe deixou o cargo após a tentativa de assassinato.
O porta-voz do Serviço Secreto, Anthony Guglielmi, não confirmou se os agentes foram colocados em licença, mas disse que "estamos examinando os processos, procedimentos e fatores que levaram a essa falha operacional" e que "quaisquer violações identificadas e comprovadas da política serão investigadas pelo Escritório de Responsabilidade Profissional para possíveis ações disciplinares".
Trump foi baleado na orelha, um participante do comício foi morto e outros dois ficaram feridos no tiroteio. As autoridades do FBI ainda não identificaram um motivo para o suposto atirador, Thomas Crooks, de 20 anos, morto a tiros por um agente do Serviço Secreto após abrir fogo.
Depois do ataque, o Serviço Secreto recomendou que Trump evitasse grandes eventos ao ar livre. Posteriormente, Trump disse que continuaria a fazer comícios ao ar livre e que o Serviço Secreto havia "concordado em intensificar substancialmente sua operação" para protegê-lo.
Na quarta-feira, Trump discursou protegido por um escudo de vidro à prova de balas na Carolina do Norte, primeiro comício dele ao ar livre desde o ataque.
(Reportagem de Katharine Jackson)